Por um sentido na vida

Este final de semana tentei tirar um pouco mais de proveito do que a NET-Tv traz e consegui assisti alguns filmes da sua programação, consegui finalmente assistir ao X-Men 2 e 007, que há muito tempo estava tentando me programar para assistir (o que é a minha dificuldade, no dia que passam alguns filmes que me interesso, sempre acontece alguma coisa e aí deixo para depois). Tem um filme em especial (que acabei gravando, para não perdê-lo) que não foi nenhum Blockbuster, mas é muito interessante, foi distribuído no Brasil com o título de "Por um sentido na vida", o filme tem a Jeniffer Aniston (ex-Friends), mas é um filme sério, um drama, ela faz o papel de uma mulher aborrecida com a vida, tem um trabalho em um supermercado, faz maquiagens como demonstração para vender produtos de beleza, um trabalho em um ambiente pouquíssimo motivador. É casada com um pintor de casa que carrega sempre seu amigo para assistir TV e fumar maconha, seu marido parece patético. O filme dá a ver que sua vida é uma prisão, ela conhece um carinha bem mais jovem que ela que gosta de escrever romances depressivos em que seus personagens se suicídam no final, seus pais estão sempre assistindo TV em casa.
Ela desenvolve um romance com o cara e se vê com uma tremenda culpa, chega até a aceitar um convite de um segurança assustador para assistir um grupo de estudos da Bíblia, ela leva o marido à igreja para tentar salvar seu casamento, mas foge ao identificar o recepecionista do hotel no grupo.
O filme é meio perturbador, ele mostra vidas patéticas grudadas na TV à noite, pessoas aprisionadas no trabalho, perturba pensar que muitos dias de nossa vida é assim, mas o que me perturba mais é pensar em como estamos tentando passar o sentido da vida que Cristo dá para essas pessoas que certamente nos rodeiam dia a dia. Será que em muitos casos, não trocamos a vida patética das pessoas sem Cristo por uma vida patética dentro de atividades da igreja?
Cristo nos prometeu uma vida abundante, aceitá-lo hoje é participar da sua salvação para esse mundo, participar de uma comunidade que descobriu seu amor e quer viver esse amor de forma total, creio que temos uma boa resposta ao sentido que as pessoas buscam, precisamos viver essa resposta e salvar essas pessoas do inferno que já estão vivendo.

Links novos

Estou aumentando meu Favorites e faço isso refletir nos links ao lado com mais alguns exemplos do que ocorre na igreja emergente e alguma inspiração para nós também. Dois exemplos eu encontrei no Ginkworld, que tem feito perguntas a alguns líderes de comunidades emergentes a respeito do significado que essa igreja traz ao mundo pós moderno hoje: são Quest e Capax Dei, o outro link vem de um livro que comprei: Multi-Sensory Worship, da Igreja de Ginghamsburg, e o último vem de um exemplo que recebi de Steve Knight, que é o Vintage 21, o qual montou um site muito legal, ah! Também direcionado aos que buscam a Deus, aos que O amam e aos que Tem dúvida a Seu respeito.
Desfrute!

A Família vale sempre mais

Já é quarta-feira e não queria encerrar a semana sem falar do retiro de casais que participei no final de semana em Águas de Lindóia. Tenho sempre tentado descrever minha jornada buscando o que significa ser um discípulo de Cristo hoje, o que tem envolvido tanto uma mente diferente sobre o cristianismo como uma igreja diferente, sinto que não tenho falado muito sobrea família.
Esse foi o meu primeiro retiro de casais em 11 anos de casamento, retornei feliz principalmente por poder refletir a respeito do meu casamento e sobre o que significa ser família.
Refletimos a respeito do pensamento líquido que temos hoje, hoje você é o que consome. O consumismo tem enfraquecido a idéia da conquista, assim que a gente consegue as coisas de uma forma tão fácil, o sentimento de preparação e conquista não parece ter tanta importância hoje, por exemplo, o pastor falou de um cara que aproveitou uma promoção de uma viagem para Maceió e mudou seus planos para o fim de semana, ele só foi para Maceió, não viajou para lá, não provou o que é se preparar para ir para lá, economizar, sonhar com a viagem etc... ele simplesmente foi. No casamento tem sido assim também, hoje um cara conhece uma menina e na mesma noite pode dormir com ela, onde está a conquista, como ele desfruta o desejo?
Essa facilidade de se ter tudo sem conquistá-lo tem sido um grande opositor à solidez que o casamento pode proporcionar.
Pelo casamento, Deus nos dá a oportunidade de ser UM, a experiência mais próxima do que ocorre entre Ele, Cristo e o Espírito Santo, uma grande bênção, uma bênção que vale todo o investimento, não pelo casamento em si, mas pelo fortalecimento espiritual.
Esse pensamento líquido, fugaz, tem endurecido os corações hoje à medida que as pessoas começam a pensar muito mais em si e perdem a oportunidade de amar, isso tem gerado pessoas que desaprenderam o que é amar e enfraqueceram sua capacidade de compartilhar, por isso que penso que o casamento começa a ser cada vez mais uma grande testemunha do poder e da bênção de Deus para nós.
Na discussão que temos tido sobre o livro "New Way to Be Human" temos visto que Deus propõe a forma que se deve ser gente, nessa questão, Deus propôs o casamento, homem e mulher deixam seus pais e formam uma só carne, a partir daí a Bíblia propõe o casamento como algo muito equilibrado a base de amor e submissão. À medida que o homem (ou mulher) começam a pensar em si mesmo em detrimento da sua esposa, ele começa a trilhar seu próprio caminho, seu casamento perde o equilíbrio, seu coração endurece e o casamento passa a ser ameaçado. A partir daí o pecado cresce e a vida no mundo se torna mais pobre.
Não estou defendendo o casamento por si mesmo, como uma instituição que deve se defender, mas como uma forma que Deus permitiu que fôssemos um, e como isso é bom.
O tema do retiro foi muito apropriado: "A Família vale sempre mais", e tenho cada vez mais certeza disso.

Reimaginando a igreja

Terminei de ler o livro "Reimagining Spiritual Formation, a week in the life of an experimental church", o livro nos apresenta a comunidade de Solomon Porch, e realmente me senti apresentado à comunidade, conforme já falei, Doug Pagitt vai apresentando os valores da comunidade e ao mesmo tempo coloca um diário de alguns membros da igreja, acho que com este tipo de narrativa, você sente que comunidade são as pessoas, muito mais do que o sistema.
A comunidade surgiu a partir do desconforto de algumas pessoas com a expressão cristã que eles conviviam naquele momento, algo que compartilho bastante, acho que seria difícil para mim continuar com uma expressão de igreja que é baseada nos valores evangélicos de vanguarda dos anos 70/80. Por isso ainda oro e clamo por uma comunidade com uma expressão cristã realmente atual. Não somente a expressão de culto, mas a forma de ser comunidade e as prioridades que a fazem comunidade.
Não sei se Solomon Porch seria o tipo de comunidade que eu congregaria facilmente, mesmo assim gostei muito da forma que eles buscaram de se efetivar um enfoque mais comunitário ao invés do enfoque normal da igreja hoje que, de alguma forma, tem uma influência legal do Marketing e Administração. Esse tipo de enfoque cuja causa maior é ser autêntico naquilo que eles fazem, me fazem pensar no quanto tenho sido autêntico em meus planos e naquilo que fiz e convivi, embora não descarte totalmente as influências do Marketing na comunicação, uma vez que nossa comunicação hoje é extremamente influenciado por ele.
Achei legal encontrar uma comunidade que encontrou seu caminho, sua história e personalidade sem por isso desprezar o que foi feito na igreja cristã até hoje, achei que esse tipo de respeito faz deles um bom exemplo de igreja emergente.
Tenho cada vez mais em mente que, embora uma comunidade tenha que ter claramente alguns valores principais para seguir adiante, seu estilo vai ser definido pela própria comunidade à medida que ela for convivendo com algumas necessidades e encontrando suas capacitações.
Mesmo assim acho primordial que as comunidades cristãs busquem seu próprio caminho e ousem, que elas tomem os exemplos que existem por aí e extraiam os princípios, os detalhes, no entanto, vão ser definidos por eles. Há muitas igrejas que reconhecidamente são exemplos hoje, mas infelizmente há muita gente com preguiça de pensar que ou não muda nada, ou muda tomando os exemplos em como-se-fazer-igreja, daí temos excelentes exemplos e péssimas cópias.

Como falei, estou lendo “A New Way to Be Human” em conjunto com um grupo de discussão formado por Rick Stilwell junto com alguns outros irmãos dos Estados Unidos. Lemos cada capítulo, o mediador coloca suas primeiras idéias e algumas questões para discutir e depois desenvolvemos as idéias. Lemos uns três capítulos por semana. Estou gostando bastante desse rítmo de discussão, é muito legal contar com insights que passam despercebidos, além disso, as experiências das outras pessoas enriquecem demais a discussão.
Estava pretendendo colocar um resumo de cada capítulo, mas esse tipo de obrigação estava me travando para participar do grupo assim como outras coisas, de qualquer forma, quero colocar aqui um resumo do que se passou nos últimos 5 capítulos que contam a Estória em que acabamos entrando.
O autor tem batido muito que, no momento em que recebemos Jesus como nosso salvador, não estamos apenas mudando nossa estória pessoal, mas começamos a participar de uma estória maior, ela é contada da seguinte forma:
- Criação – temos um Criador que manifestou enorme alegria em preparar um mundo para suas criaturas, o homem surge para desfrutar dessa criação e utilizar de toda sua capacidade para governar a criação, ele participa da criação contínua e do plano de Deus para o mundo recém-criado.
-Queda- Adão e Eva poderiam participar dessa criação e promover os interesses de Deus nesse mundo à medida que tinham um acesso livre e ilimitado a Ele, no entanto tinham que confiar em sua sabedoria e em seus interesses. Havia a árvore do conhecimento do bem e do mal, ao qual não deveriam recorrer. Mesmo assim, acho que o desconforto em não saber tudo fez com que eles comessem desses frutos, surgiu a desconfiança, o pecado e a separação de Deus.
- Redenção – Deus promete um novo recomeço com a vinda do Filho que esmagaria a cabeça da serpente. O homem prossegue em assumir o controle de seus caminhos e muitas estórias de fuga e auto-realização. Com a proliferação do mal, Deus promove o dilúvio e chama Noé para que ele e sua família sejam salvos e conta com essa família para um novo começo, e promove um pacto de que essa intervenção não seria mais a utilizada. Chama Abraão e com ele prepara a redenção do mundo ao separar sua família para a vinda do Messias.
- Nova Criação– Jesus Cristo vem ao mundo, prega o arrependimento, uma nova oportunidade de participar dos interesses de Deus nesse mundo e mostra claramente a forma de gente como deveríamos ser. Para isso, precisamos nos arrepender, trocar nossa agenda pela agenda de Deus e viver participando de seus interesses de redimir este mundo. Como novas criaturas, temos o mesmo mandato de participar de sua criação só que com o plano de redenção desse mundo até sua volta. O sacrifício e a ressurreição de Cristo consolidam o pacto entre Deus e o homem e este tem em Cristo a oportunidade de perdão e a voltar a se relacionar com Deus. Os discípulos de Cristo começam sua vida eterna agora, assumem a Estória de Deus como suas e vivem como testemunho da veracidade desta Estória maior que estão participando.
Por enquanto é só, gostaria de escrever mais, mas o post vai ficar muito grande, em breve, atualizo com o que está rolando no grupo. Ah! Esse texto pode mudar, dada a natureza do assunto, à medida que for relendo talvez mude o que pode ser mal interpretado.
Aliás, acho que vocês devem ter percebido que revisão não é lá o meu forte!

Li um artigo de Mark Priddy no site Ooze "It's not business...it's the gospel", parece que ele foi mais fundo naquilo que falei a respeito de marketing e igreja , ele foi descrevendo a mente dos caras de marketing tentando vender... igreja. À medida que ia lendo seu artigo me dava a sensação que logo depois ele concluíu: um grande reducionismo do evangelho!
Pensando numa campanha de marketing para trazer mais pessoas à igreja e melhorar o produto nos seus aspectos mais chamativos para fazerem dos clientes, clientes fiéis (os mais rentáveis), me faz pensar que em breve não teremos mais evangelho, pois, se for assim, em breve eles serão chamados para uma versão mais nova e melhorada do evangelho para o qual vão migrar se a igreja não fizer uma versão mais nova e melhorada antes, assim como acontece no mercado competitivo.
Grande reducionismo! Como se as palavras de Cristo não fossem o suficiente para que a comunidade mude o mundo como mudou.
Estou lendo um livro sobre a comunidade de Solomon Porch, estou gostando bastante da descrição e da forma que Doug Pagitt organizou o livro, à medida que ele avança em alguns aspectos da igreja, ele vai colocando o diário de seis pessoas da comunidade, dentro do assunto que ele está falando. Acho bastante legal todos os esforços que ele e sua comunidade está fazendo para fugir dos aspectos mercadológicos que acabamos adotando na igreja em nossa modernidade, e sabe que tudo acaba parecendo bastante autêntico?
Desde que estudei na faculdade de Administração, tudo o que aprendia tentava relacionar com a igreja, eu tenho essa mania, ver o que posso melhorar no meu trabalho no reino, mas com todos os exageros que tenho visto, dá para concluir rapidamente que Jesus Cristo ainda traz melhores soluções que Kotler.

Monday Investigation

Uma brincadeirinha que descobri somente a tarde do blog do Rick Stilwell, a investigação de segunda:
1) Quem foi a primeira pessoa com quem você conversou esta manhã?
André, o estagiário que me ajuda, à respeito do final de semana

2) Qual foi a primeira coisa que você viu esta manhã?
Meu rádio-relógio

3)Qual foi o primeiro lugar que você foi de carro hoje?
Para o trabalho

4) Quando foi seu primeiro telefonema?
Foi para minha esposa, geralmente quando chego ao trabalho, 8:30

5) Como você decidiu o que vestir?
Gosto das minhas camisas azuis, mas me esforço para não ir de azul todo dia, escolhi a camisa amarela.

O fim de uma era


Nosso sofá antes de seu ocaso, Heloiza ao fundo no nosso belo por de sol Posted by Hello
Ele foi uma das grandes estrelas do nosso começo de casamento, e aguentou de forma razoável os quatro primeiros anos da Maria Ester, é nosso sofá. Era uma marca bastante original para as nossas primeiras visitas, e acho que as pessoas confundiam com uma certa fixação pois eu também tinha uma bermuda listrada em azul assim como duas outras camisas, cheguei a ganhar uma toalha listrada em azul para combinar com a casa.
Depois de todo seu glamour os últimos anos foram impiedosos com ele, as brincadeiras da Maria Ester e seu envelhecimento fez com que ele se tornasse insuportável agora.
Bom, sua era acabou e seus dias estão contados, encomendamos um novo sofá, mesmo assim, nosso listradinho vai deixar saudades.

NWTBH cp 2 - O jazz de Deus

"Quando a estória do "Salvador pessoal" se mistura com individualismo e consumismo, uma conexão detestável se forma... Esta tentativa infeliz, levou muitos a uma espiritualidade bem subjetiva, pouquíssimo eficaz em atrair ou manter o interesse nas pessoas com que se interagiam."
"O objetivo do aprendiz-seguidor de Cristo é viver como um participante consciente da agenda de Deus em seu Reino... Essa consciência é carregada ao longo do tempo a cada geração por um pessoal com uma larga memória. É a arte e a História, é o Jazz de Deus que Jesus entrou - são pessoas e ambientes"

Quando li "A New Kind of Christian" fiquei estupefato em pensar que a história de se aceitar a Jesus como seu "salvador pessoal" poderia ser um discurso de vendedor aplicado ao evangelismo, uma vez que somos chamados a crer em Jesus como nosso salvador, não a ter Cristo como salvador pessoal, como se salvação fosse algo que a gente pudesse adquirir. Dá pra pensar bastante em tanta coisa que a gente tem aceitado sem pensar. Quando se toma essa salvação tão pessoal, parece que pode-se ficar a vida inteira na igreja esperando a volta de Cristo enquanto Deus nos chamou para uma vida abundante que começa agora.
Esse capítulo sugere que muitos começaram sua jornada cristã do lugar errado, começamos aceitando Jesus Cristo como salvador pessoal com uma espiritualidade totalmente individual e não pensamos nessa possibilidade que Deus nos dá de participar de uma história muito maior, a História de Deus.
Eu posso concordar que a falha em se viver uma fé comunitária pode ser a origem de um Cristianismo que não gerou um mundo tão melhor, isto porque não fomos levados a pensar que estamos particiapando da história redentora de Deus, assim frequentemente caímos na frustração em nosso ativismo tentando entreter as pessoas de nossa comunidade, enquanto as intenções deveriam ser bem maiores.
É um chamado maravilhoso, um chamado para participar no que Deus está fazendo, um chamado a vida abundante.

Nesse primeiro capítulo somos chamados a uma epifânia, já vi esta palavra e esta significa relevação de Deus. Tente explicar a realidade de acordo com tudo o que você sabe e tudo o que você aprendeu em todos os estudos bíblicos até hoje, o que teremos é semelhante a alguém querendo explicar o mundo apontando da janela de um avião, a epifânia acontece quando pegamos o paraquedas e pulamos, cortamos as núvens e sentimos todo o vento. Isto é, há muito para se conhecer a respeito de Deus, mas isso só é feito convivendo com Ele, o melhor que temos a fazer e aceitar que não podemos explicar tudo, temos a base que é a Bíblia, mas ela também é apenas o começo.

“Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo, tenham vida em seu nome.” (João 20:31-32)
Às vezes podemos fazer um grande mal para nós mesmos se deixarmos que nosso sistema doutrinário defina tudo o que precisamos à respeito de Deus. A partir daí, assumimos uma relação causa e efeito que não é o que Deus pretendia, parece que queremos manipular Deus e aí reside a idolatria.
Temos um legado da nossa era moderna e de todo dominio cristão em que tínhamos que ter afirmações vívidas e certas a respeito de Deus para que mostremos alguma vantagem, o problema é que Deus e sua ação não podem ser tão definidas assim, mas só se pode conhecê-lo através de Cristo, aceitando seu convite “Vem”
“O pessoal cristão tem frequentemente afirmado que sabem tanto. Nós temos sido culpados de falar com certeza demais... Eles enchem você de palavras, proposições, afirmações e comportamentos aculturados e enviam você para o mundo como se fosse um trunfo que bateria qualquer convicção – um agente do evangelho no negócio de slavar de almas”

“O melhor que temos a fazer é (1) confessar e (2) fazer um convite. Um, fazer uma confissão que temos somente um ponto inicial para se olhar a vida. Dois, convidamos a vir conosco para o ponto inicial daquilo que a gente pode ter certeza – Jesus”

“Antes eu Te conhecia de ouvir falar, mas agora meus olhos o vêem” Jó

O conhecimento de Deus não vai vir tanto das palestras que você assiste ou dos livros que você lê quanto conviver com Ele e conviver com quem vive com Ele.

Blogversário!

Faz um ano que comecei a manter esse blog, a idéia foi de que essa atividade fosse um interlúdio entre um momento em que atuava muito ministrando a jovens e adolescentes na igreja onde servia e outro momento em que pretendo voltar à ativa.
Tem sido muito legal compartilhar idéias e se permitir enxergar onde estou pisando e talvez para onde estou indo, também tem sido uma forma de tentar ser autêntico e honesto, não esconder meus vícios, receios, sonhos e contradições, e isso tem me feito crescer. Admito minha falibilidade e admito que estou crescendo, por isso ainda vou me equivocar muito.
À princípio buscava me comunicar com pessoas que não estavam mais no meu dia a dia, o interessante foi conhecer muita gente nesse caminho e ter de alguma forma a companhia destes a cada semana.
Também tenho buscado que esse blog seja uma forma de tentar fomentar algumas idéias do que seja andar com Cristo e buscar inspiração com muitas comunidades que tem surgido por aí a fora e tem sido grande bênção nesse mundo pós-moderno, espero ter colaborado em alguma coisa nesse processo.
É uma grande pena que o HaloScan não guarde comments de mais de 3 meses, todos os comentários foram muito interessantes, enriqueceram a discussão e me fizeram ver outro ponto de vista.
Mesmo com alguma indiferença, principalmente pelo fato de ter muitos amigos sem muito contato com a internet, tenho sido bastante encorajado por um pessoal que tem manifestado interesse nestas idéias, inclusive de pessoas até longe do meio "gospel". Agradeço a todos por participarem comigo desse ministério.

Nova forma de ser gente

Entrei em um grupo de discussão formado recentemente pelo Rick Stilwell, (Rambling Reader) como ele já tem uma experiência em mediar discussões online de livros, e como vi que está participando um pessoal bastante legal, acho que vai ser uma experiência bem interessante. É bem interessante à medida que você lê os capítulos e passa a compartilhar de insights de pessoas de pontos de vista diferentes do seus e passa a te dar uma visão nova do que você leu, acho que a leitura vai ser bem proveitosa. Quem sabe com essa experiência comece a fomentar alguns grupos aqui...
O livro escolhido foi "New Way to be Human" de Charlie Peacock, à medida que avançarmos na leitura e nas discussões, vou tentar compartilhar um pouco aqui, começamos a nos aquecer com o Prólogo:
O autor começa o prólogo com algumas discussões bem interessantes

"A nova forma de ser humano é a respeito da realidade de Deus e seus meios. É sobre entrar na história do povo de Deus e participar com intencionalidade"

Como já compartilhei, essa intencionalidade de vida é um grande desafio para mim, principalmente quando você tem um dia a dia tão demandante que distrai você a respeito do que realmente é importante.
"Deus mostrou ao homem e mulher o que significa se interessar pelas mesmas coisas que ele se interessa. Em troca, ele pediu às pessoas que confiem em sua Palavra e ajam dessa forma... Jesus Cristo é a palavra final de Deus à humanidade e a personificação do que significa ser gente"
"Esta oportunidade de ser representantes de Deus agora e para sempre é o que se chama a vida cristã e o que ela quer dizer"
"À dispeito da esmagadora opinião humana e de algumas evidências em contrário, Jesus não veio iniciar uma nova religião. Ele não veio criar uma cultura parasita de duas-horas-do-domingo onde pessoas piedosas podem colocar ao lado das suas vidas já ocupadas. Jesus veio subverter todo aspecto de vida e cultura com a Palavra relacional Deus e sua vontade - o que foi anunciado como o Reino... Seguir Jesus fielmtente significa ver todas as àreas da nossa vida (conhecimento, educação, romance, casamento, sexo, trabalho, lazer, dinheiro, ambição, negócios, serviços sociais, cuidado pela Terra e até a igrea no mundo) são subvertidas pelo reino e são reconstruidas de uma nova forma"

Acho que essa subversão é um outro grande desafio à medida que a própria cultura eclesiástica muitas vezes se preocupa somente em mudar alguns aspectos de nossa cultura e mantém outros aspectos intocados, no entanto se examinarmos o evangelho e colocarmos em nosso dia a dia, percebemos que a mudança é muito mais profunda, mas nem por isso desnecessária ou não desejada. Temos um longo caminho pela frente...

Marketing

Pensando no último post que coloquei, puxa! Passei um tempão em silêncio, hein? Estava pensando no quanto a ciência do Marketing ajuda ou não nossa vida.
Agora que estamos um tempo sem a propaganda eleitoral, dou graças a Deus pelas opções do TV a cabo, quando ouvia algumas propagandas me sentia violentado dada a agressividade da comunicação, passei a concluir que a campanha eleitoral não significa mais propostas, mas sim marketing, propaganda pura, não se consegue ver mais verdade nos programas, mas sim muita manipulação desonesta de informações o que me dá muito nojo de tudo isso. Ligava na propaganda eleitoral para me divertir um pouco com os candidatos a vereador.
Na igreja, muita gente que chegou a cursar administração ficou convencido de que deveria aplicar tudo a igreja, até aí normal só que começou a me dá náuseas quando via alguns "iniciados" falarem que ao aplicar o marketing na igreja, a salvação seria um produto e o visitante seria o cliente. Fala-se isso quando não se tem a menor noção do que é a comunidade que Deus quis.
Lógico que o marketing ajudou a muita coisa na igreja, tenho uma frase muito legal de Leonard Sweet:"A cultura POP é hoje o que as estradas romanas foram na época da igreja primitiva", o marketing pode nos ajudar a comunicar às pessoas que precisam de Cristo, isso que pode ser muito bem aplicado com o conhecimento de comunicação, já vi excelentes exemplos, só que esses exemplos excelentes sabem que isso não é tudo. COMUNIDADE é tudo.
Coloquei há um tempinho atrás um link para o blog "Church Marketing Sucks" (ou Marketing de igreja é um saco), vem de um pessoal que está inconformado com a proeminência de que tudo seja marketing na igreja e na vida.

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