Ao contrário do que compartilhei para alguns, ainda estou trabalhando, meu tão sonhado retiro ficou para alguma outra semana, se fosse, não teria o sossego que tanto precisava para um período fora da empresa.
Estou acompanhando a conclusão de uma grande negociação que envolve minha área. Foi algo que envolveu muitos cálculos, pareceres de advogados e negociação, muita negociação.
Uma coisa que aprendi em negociação é que ela é constante na vida e ela força a que você atue de acordo com os interesses que você se comprometeu, a negociação em si é um grande teatro e quando me vi no meio de tudo isso (acompanhando e suportando com alguns estudos econômicos) simplismente não conseguia diferenciar quando havia verdade ou quando havia apenas encenação para amparar a posição que se defendia. Na verdade, não conseguia encontrar verdade no que se passava, até nas explosões emocionais, não conseguia diferenciar se era uma manifestação legítima ou um jogo da negociação.
Conforme já falei, negociação não corre só no mundo dos negócios, mas também em muitos relacionamentos. Quando se defende o que tem como o mínimo que pode assumir, mas, na verdade poderia ceder muito mais; quando se aparenta ter muito para intimidar os outros, mas na verdade não tem nada; um blefe, como um jogo de truco.
A partir do momento que você começa a valorizar a questão da autenticidade, dá um certo mal estar com tudo isso. A partir daí que começo a entender melhor o que encontramos na Bíblia: "Seja o seu falar sim, sim e não, não", ou seja, que as suas palavras confirmem o que é a verdade e o que está no coração.
Embora muitos ainda queiram viver dessa forma até na igreja (já vi algumas pessoas me pedirem que negocie minhas posições), é no cristianismo que poderemos ver uma boa lição para o mundo e um oasis de verdade. Com todo mundo negociando em tudo quanto é coisa, a verdade e a autenticidade começa a ser um valor a ser aprendido e muito buscado.
Que a nossa palavra confirme o que está no coração, conforme Deus quer.
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