my first sunflower, Sabrina Stash
No início de seu livro"Finding Faith" Brian McLaren começa a definir como uma fé cresce:
1º estágio - Simplicidade- no começo as coisas são certas ou erradas, brancas ou negras e o crente vê as coisas de uma forma bastante dualística. Seguir a autoridade lhe garante ter as respostas certas e estar do lado correto enquanto os outros estarão do lado errado, o grande lance aqui é identificar os inimigos;
2º Estágio - Complexidade - a fé ganha complexidade à medida que o crente busca ser mais eficiente em sua fé e ganhar independência quando é treinado por suas autoridades , ele busca identificar alternativas para encontrar qual o melhor caminho a seguir, nessa fase ele busca um pragmatismo maior;
3º Estágio - Perplexidade - Ele começa a fazer mais julgamentos e busca por autenticidade principalmente em seus relacionamentos, ele reconhece não ser o dono da verdade à medida que considera outros pontos de vista, busca ser honesto com os outros e consigo mesmo e se permite questionar sua fé para fortalecê-la. No entanto ele foge à ameaça de ser controlado como acontece nos outros estágios;
4º Estágio - Humildade - Ele reconhece os outros estágios de fé, reconhece as fraquezas apresentadas nesse crescimento de fé, e busca tirar proveito de sua jornada para ajudar outros e a alcançar seu potencial.
Ao mesmo tempo que pensava em que estágio me localizava, estava pensando como as igrejas daqui hoje lidam com esse crescimento de fé. Aqui em São Paulo quando você pode encontrar diversas igrejas em qualquer caminho que você siga, acho que a maioria esmagadora busca lidar com pessoas nesse primeiro estágio de fé, no entanto eles buscam que elas se mantenham nesse estágio, seja trabalhando com o medo, ao indicar os inimigos a serem evitados e desencorajando qualquer questionamento como uma arma do diabo para iniciar novas heresias; além disso, posso ver também que muitas das igrejas tradicionais trabalham nesse segundo estágio de fé, estimulam uma fé bastante pragmágica, trabalham com muitos treinamentos para alcançar uma maior eficiência, no entanto sem o livre estímulo de idéias. Alguns crentes vão se acomodar, mas outros vão ter sua fé em crescimento, e quando acontecer, eles vão procurar por outro lugar se sua comunidade não aceitar seu crescimento de fé com interesse genuíno.
Esse tipo de evolução é também reflexo de nossa história, a gente já se considerou bem preparado quando estudávamos Evangelismo Explosivo ou levávamos conosco o folhetinho das Quatro Leis Espirituais para evangelizar, mas, pelo menos aqui em São Paulo, muitas pessoas não vão mais aceitar estas propostas como poderiam aceitar antes.
À medida que a gente se prepara para o início de uma igreja eu pergunto: O quanto a gente está preparado para receber as pessoas a partir do 3º estágio? Será que a gente vai estar preparado não somente para receber estas pessoas, mas também para encorajar seu crescimento de fé?
Publicado originalmente no blog Dream Awakener
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