Meu primeiro Bonhoeffer

Depois de ouvir falar muito de Dietrich Bonhoeffer, assim que houve a escolha para a discussão do livro "Vida em Comunhão", aproveitei e comprei outros dois livros para lê-los mais à frente, a discussão não desenvolveu muito, então, não esperei e já o terminei.
Bonhoeffer foi um teólogo alemão que viveu na era de Hitler, dirigiu um Seminário Teológico nessa época, foi perseguido, participou da resistência nazista e foi morto em um campo de concentração em 1945.
O livro vem de sua experiência com esse seminário clandestino.
Há bastante do que falar desse livro, porém não quero correr o risco de tentar ser exaustivo na minha discussão, ainda mais porque sou bem leigo e as fontes que me incentivaram a esse livro puderam aproveitá-lo muito mais devido a sua bagagem teológica, ao escrever a respeito do livro posso ser bem mais superficial que imagino.
Achei interssante o quanto ele é direto em afirmar suas posições, sua lucidez em abordar problemas de comunhão é muito importante para muitas comunidades que estão longe de enxergar esse problema hoje.
Uma das coisas que guardei comigo foi sua afirmação do quanto a comunhão em Cristo é essencial, ele fala que aqueles que a desfrutam devem se sentir extremamente felizes a dispeito de tantos que estão longe de consegui-lo, nesse momento ele lembra de países em que o testemunho cristão é bastante raro. No entanto, sinto a mesma falta nesse país com crescimento evangélico constante.
O autor afirma que a comunhão em Cristo é excepcional pois nela o irmão fala em Cristo, ponto. Isto é, nessa comunhão, temos Deus nos edificando através dos irmãos. Ele não está falando de companherismo, daquilo que se consegue com churrascos e cafés depois da igreja, mas algo mais profundo, tanto que ele afirmou que para viver a comunhão, deve-se viver a decepção comunitária, a fim de que amemos não por causa daquilo que os amigos nos oferecem, mas para que amemos como Cristo. É um caminho difícil, envolve autenticidade, integridade e perdão, mas que nos leva ao lugar mais esperado desse mundo, um lugar que largamos máscaras, somos nós mesmos e vivemos o que Cristo nos passou. Aproveitamos a comunidade como Cristo havia intencionado.
É algo que reflito até hoje e é algo que tento oferecer.
O autor também fala dos aspectos de adoração comunitária, adoração pessoal (que também é interessantíssimo) e os aspectos de serviço e confissão. Coisas que reflito em meu coração.
Felizes aqueles que desfrutam a comunhão!

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