A Igreja Emergente

Não sei se já postei algo com esse título, mas esse foi o título do livro que li (Emerging Church) de Dan Kimball, tive muito boas referências pessoais do autor, além disso, o livro é bastante indicado e comentado, muito bem comentado inclusive no livro, você vai lendo e encontra os comentários nos sidelines de Rick Warren (Saddleback), Brian McLaren, Howard Hendricks, Chip Ingram, Sally Morgenthaler e Mark Oestreicher (conheço os dois primeiros, mas os comentários dos restantes foram super relevantes).
O assunto é algo super batido no meu blog, o autor coloca o bode na sala: está surgindo uma geração que pode ser chamada de pós-cristã, isto é, tem pouquíssima idéia dos valores judaico-cristãos que professamos e do pouco que recebeu, recebeu muito mal o que acabou os vacinando contra a igreja.
A falta de relevância é resultado da mudança de mentalidade á medida que o modernismo está dando lugar ao pós-modernismo, por isso, toda apologética tomando por base um terreno moderno está perdendo sua eficácia. Além disso, parece que tem havido um abuso nas ferramentas, que eram válidas, tirando o foco da mensagem do conteúdo para a forma, vemos uma igreja extremamente corporativa, com programas em excesso, com um vício hierárquico e fornecendo fórmulas que geram discípulos consumidores de igreja ao invés de discípulos que sejam a igreja onde esles estejam.
A partir daí, o autor começa a descrever os elementos que tentam resgatar a espiritualidade e os valores de Jesus Cristo e uma aproximação à geração pós-moderna, que valoriza a espiritualidade e autenticidade.
No entanto, não há uma forma ou fórmula para a igreja pós moderna, ainda estamos no meio de uma definição, se é que ela um dia será definida. Mesmo assim vale a pena todo questionamento de que tipo de igreja estamos buscando e se estamos colocando o carro na frente dos bois.
Há muitos insignts legais, há alguns que eu não aplicaria, ainda acho que há muita coisa moderna, dada a nossa sociedade de consumo que tem uma mentalidade e linguagem gerada pelo marketing, que ainda pode ser bem utilizado, mas com sabedoria, lógico. Mesmo assim, o leque de oportunidades está se ampliando, mas com o grande critério se estamos no caminho que Cristo realmente propôs.
No mínimo já pude entender várias coisas comuns nas igrejas pós-modernas, o uso de velas, algumas tradições do início da igreja, das estações utilizadas no local de culto. Meu primeiro desejo era até dar significado a essa Páscoa desde o culto do dia de cinzas, desfrutar dos labirintos (um exercício devocional bastante interessante) e celebrar a Páscoa com bastante significado, mas está demais em cima da hora.
Foi uma leitura interessante, há uma igreja emergindo, diferente, muito bem intencionada e capaz de alcançar esta geração de jovens hoje. Posso não ter abraçado tudo, mas pelo menos não deixo de dar uma olhada nas velas e nos insensos à venda no shopping.

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