Decida antes que decidam por você!
Semana passada a Veja colocou esta matéria como capa, afirmando que o sucesso depende de nossas escolhas, achei interessante a revista listar decisões importantes que foram feitas e suas alternativas, como as abaixo:
Magic Johnson: Anunciar que é portador do vírus da Aids e abandonar uma carreira de sucesso ou manter segredo sobre a doença e tentar continuar a carreira
Beatles: Tentar contornar as divergências que prejudicavam a harmonia do grupo ou simplesmente desfazer a banda de rock mais famosa do mundo
Mikhail Gorbachev: Liderar uma série de reformas políticas e administrativas profundas com o objetivo de aproximar a União Soviética do capitalistmo ou promover uma reforma lenta e gradual do império soviético
Fico imaginando o que seria se o caminho mais fácil de se postergar a decisão ou deixar que as coisas se resolvam tivesse sido adotado. Sabia que quando eu vi essas alternativas logo pensei na nossa igreja presbiteriana?
Hoje há modelos excelentes de ministério, liturgia e alcance que tem colocado muitas igrejas a falar de forma muito mais clara a TODAS as pessoas hoje, como Willow Creek e Saddleback, mas isso envolve mudanças, e para isso precisamos de DECISÃO. Infelizmente, mesmo aquelas igrejas que tem estudado estes modelos contemporâneos tem optado por mudanças tão superficiais que pouco tem afetado o status quo delas.
Pouco se tem feito em repensar as tradições que são somente tradições evangélicas com pouco respaldo bíblico, pouco se tem feito em estender o ministério a todos em detrimento de uma concentração e privilégio somente aqueles eleitos ou indicados pelos eleitos. Pouco se tem feito em inovar na comunicação a fim de que o evangelho seja legivel àqueles que não tem o menor background evangélico. Isso é muito triste.
Um livro que está marcando a vida de muitos é o Venha andar sobre as águas, Jonh Ortberg levanta a importância de se ousar nas ações e decisões e pelo menos tentar, Pedro pode ter tomado uma chamada de Jesus Cristo por não ter fé o suficiente, mas pelo menos foi a única pessoa do mundo a andar sobre as águas na frente de onze bananas que ficaram no barco esperando talvez uma situação melhor ou analisando os deslises de quem escolheu dar o passo de fé.
Hoje temos líderes que trabalham para manter o status quo da igreja e para serem reeleitos na próxima eleição, enquanto isso, temos um mundo de oportunidades pela frente, mas pela preguiça de se mobilizar mudanças, taxam-se as mudanças de perigosas, de aproximações do mundo sem se importar que talvez outro grande erro seja o de tomar o pensamento atual (liturgia, governo, política) como respostas absolutas de Deus para sua igreja, o que para mim parece uma grande blasfêmia.
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