Teias de aranha em um mundo de estrelas do mar

Quinta feira participei do webcast com o Ori Brafman, autor de "Quem está no comando? A Estratégia da Estrela do mar e da Aranha", embora a conversa tivesse começado bem tarde da noite, já que a gente avançou mais uma hora em relação aos Estados Unidos, aproveitei a calma das crianças dormindo para acompanhar a conversa das 23:00 até ás 0:15, o problema foi me manter acordado durante a sexta-feira. Eu realmente tenho me acostumado a dormir muito cedo.
Foi uma conversa bem interessante de se acompanhar, Ori Brafman, bastante entusiasmado em descrever a nova dinâmica das organizações de hoje em dia, organizações que se formam e justificam em torno da missão, não apresentam líderes, e sim catalizadores, por isso, estas organizações não levam nome de líderes, como Willow Creek e Saddleback que são facilmente associados a Bill Hybels e Rick Warren. Na outra telinha, estava Spencer Burke, organizador do Soularize e destas webcasts, fazendo um tremendo trabalho de relacionar estas mudanças ao modo de como as comunidades tem se organizado e como as comunidades emergentes começam a se organizar também. Apresentou também a própria dificuldade de se deixar o controle de sua igreja quando se tem nela o seu ganha pão, além disso, buscou uma transição das igrejas que temos hoje, apoiadas na estrutura como as aranhas se apoiam e suas teias para estruturas mais dinâmicas apoiadas no relacionamento entre iguais. Mostrou também estar bem ligado na conversa pelo chat, apresentou algumas inquietações que o pessoal apresentava e quando alguém do chat insinuou que Burke estava defendendo sua classe quando falava a respeito do sustento dos líderes, ele afirmou no chat que "era isso mesmo".
Acompanhar a conversa e o chat foi meio complicado para mim, acho que são passos para me aperfeiçoar no meu inglês, de qualquer forma foi bastante divertido. Vi o pessoal contar exemplos de como estavam surgindo comunidades orgânicas dentro da estrutura presbiteriana e muita gente afirmando sua fé na igreja nas casas. E é interessante, no caso deles é até mais comum, mas a plantação de igrejas tem sido associada muito mais a quanto recurso se tem disponível ao invés da missão que o grupo base está buscando, e isso é um viés que precisamos corrigir.
Achei bem oportuna essa conversa, já tive essa iniciação aos grupos de células com centros de energia diversos pelos livros do Alan Hirsch. Não é a toa que tenho visto como leitura recomendada de alguns missiólogos, o livro "Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio". Wikipedia, Linux, Firefox, Orkut, Facebook, são fenômenos que tem crescido justamente por causa das pessoas que tem se juntado à causa deles, para não falar só de casos da Internet, lembre-se do Al Qaeda, uma organização enorme que não tem cabeça, mas núcleos diversos ao redor do mundo. Lembre-se da igreja chinesa, que cresceu nas casas de formam espantosa durante tantos anos de perseguição.
Quando colocaram um fórum de que tipo de líder você se via, assinalei que ainda me via como um líder de uma estrutura de teia de aranha, embora tenha tido experiências bem interessantes em promover talentos e catalizar a missão do grupo entre os núcleos de energia, ainda tenho um certo apreço pelo controle, tenho bastante a aprender.

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