Sem muita inspiração

Não estou naqueles dias animados, muito pelo contrário. Domingo fui à igreja de manhã e como a Heloiza não iria à noite para descansar resolvi ficar com ela, normalmente não é assim.
Chega uns dias assim que acabo tão cansado dos meus sonhos que passo uma maré de cinismo e fico com uma placa de "Quem liga?" na cabeça, na igreja na hora do louvor não tenho vontade nem de levantar, parece que um mar de cinismo te cerca.
Sou tentado a pensar que não estou nada espiritual, é engraçado associar a espiritualidade ao ânimo, coisas que fomos acostumados no dia a dia da igreja, tenho aprendido que não é assim. Por isso, ainda me sinto espiritual no meio de todo esse desânimo.
Hoje pude começar meu dia mais cedo com Deus, ler alguns salmos e ver que os salmistas passavam a mesma coisa. Pude pelo menos pedir a Deus para não deixar perder a visão e não me permitir que o dia a dia ocupe os sonhos que Deus tem para mim.

3 comentários:

E aí Luis?
Cara você tá pior que a turma que ficou vendo o Marcos Valério.
A vida é linda cara.
Veja o nascer do sol, o pôr do sol.
Veja as crianças brincando, estas são puras.
São coisas de Deus.
Você tá aborrecido com as coisas do homem.
Levante a cabeça.
Veja as belezas de Deus, ria, e vamos abrir os olhos do homem para esta verdade.
Abraços
Fred

12:09 PM  

Obrigado pelas palavras Fred, não queria dar uma de coitado, acho que esse mau humor é tão cíclico e necessário quanto o inverno após o verão. Não busco ser tão pessoal assim nos meus posts, queria pelo menos reforçar o quanto meu humor está desconectado da minha espiritualidade, mesmo mal não me sinto longe de Deus e isso é o que importa.
Realmente a vida é muito bela, e é bela quando podemos esperar em Deus, porque com ele temos a certeza que temos sempre a oportunidade de virada.

Um abraço

2:04 PM  

Cada vez mais somos levados a "quantificar" nossa espiritualidade tanto pelo nosso ânimo quanto pela nossa "atividade eclsiástica". Você, graças à proximidade que tivemos nos últimos anos, sabe que não podemos nos considerar "satisfeitos" (seja lá como esse patamar possa ser alcançado), mas cada vez mais tenho separado minha vida em comunidade eclesiástica da minha vida espiritual diária. É difícil e, dessa forma, parece que nós nos tornamos cínicos, e passamos a ver mais cinismo à nossa volta.
Não acredito que os sonhos que Deus colocou em nossos corações sejam a toa... Ainda não estou no meu lugar! Mas, acredito que estamos em um (longo) aprendizado para algo novo que virá, através de nós ou, talvez, através daquilo que escrevemos, conversamos, discutimos. Pode ser nessa ou na próxima geração.
Fico pensando na história de John Wesley, um cara que revolucionou o meio estudantil com uma nova proposta de vida. Mesmo sendo considerado fundador da Igreja Metodista, ele formalmente não criou uma igreja, mas sim indicou uma forma de vida cristã.
Seus pensamentos continuam muito atuais, como esse:
“Há ainda uma reprovação mais horrível ao nome cristão; sim ao nome do homem, à razão e à humanidade. Há guerra no mundo! Guerra entre os homens! Guerra entre os Cristãos! Quero dizer entre aqueles que trazem o nome de Cristo e ‘professam andar como ele andou’. Quem pode reconciliar a guerra, já não digo à religião, mas a qualquer grau de razão ou do senso comum?...”

10:39 PM  

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