Reimaginando a igreja

Terminei de ler o livro "Reimagining Spiritual Formation, a week in the life of an experimental church", o livro nos apresenta a comunidade de Solomon Porch, e realmente me senti apresentado à comunidade, conforme já falei, Doug Pagitt vai apresentando os valores da comunidade e ao mesmo tempo coloca um diário de alguns membros da igreja, acho que com este tipo de narrativa, você sente que comunidade são as pessoas, muito mais do que o sistema.
A comunidade surgiu a partir do desconforto de algumas pessoas com a expressão cristã que eles conviviam naquele momento, algo que compartilho bastante, acho que seria difícil para mim continuar com uma expressão de igreja que é baseada nos valores evangélicos de vanguarda dos anos 70/80. Por isso ainda oro e clamo por uma comunidade com uma expressão cristã realmente atual. Não somente a expressão de culto, mas a forma de ser comunidade e as prioridades que a fazem comunidade.
Não sei se Solomon Porch seria o tipo de comunidade que eu congregaria facilmente, mesmo assim gostei muito da forma que eles buscaram de se efetivar um enfoque mais comunitário ao invés do enfoque normal da igreja hoje que, de alguma forma, tem uma influência legal do Marketing e Administração. Esse tipo de enfoque cuja causa maior é ser autêntico naquilo que eles fazem, me fazem pensar no quanto tenho sido autêntico em meus planos e naquilo que fiz e convivi, embora não descarte totalmente as influências do Marketing na comunicação, uma vez que nossa comunicação hoje é extremamente influenciado por ele.
Achei legal encontrar uma comunidade que encontrou seu caminho, sua história e personalidade sem por isso desprezar o que foi feito na igreja cristã até hoje, achei que esse tipo de respeito faz deles um bom exemplo de igreja emergente.
Tenho cada vez mais em mente que, embora uma comunidade tenha que ter claramente alguns valores principais para seguir adiante, seu estilo vai ser definido pela própria comunidade à medida que ela for convivendo com algumas necessidades e encontrando suas capacitações.
Mesmo assim acho primordial que as comunidades cristãs busquem seu próprio caminho e ousem, que elas tomem os exemplos que existem por aí e extraiam os princípios, os detalhes, no entanto, vão ser definidos por eles. Há muitas igrejas que reconhecidamente são exemplos hoje, mas infelizmente há muita gente com preguiça de pensar que ou não muda nada, ou muda tomando os exemplos em como-se-fazer-igreja, daí temos excelentes exemplos e péssimas cópias.

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