Os meios esquecidos

Quando recebi os livros, tentei colocar alguma ordem que acabou saindo bem providencial, foi bom ter lido Organic Church antes desse livro, uma vez que Alan Hirsch faz várias citações de Neil Cole e comenta seu movimento de plantação de igrejas. Achei também que foi bom ter lido "The Forgotten Ways" depois do "The Shape of things to come", uma vez que Hirsch se aproveita de vários fundamentos lançados por seu livro anterior.
Um desses fundamentos, que a gente também encntra no livro do seu parceiro no livro anterior "Exiles", é seu diagnóstico para a crise da igreja moderna hoje. Esse diagnóstico passa por seu reconhecimento ao fim da era da Cristandade: essa era começou quando Constantino declarou a igreja cristã como a religião oficial de toda Roma e assim, o Cristianismo passou de uma religião marginal e perseguida para uma religião que passa a desfrutar de poder. A partir daí, muitos podiam se declarar cristãos mesmo sem ter pisado em alguma igreja nem sem sequer saber o que Jesus tinha falado no sermão do monte. O Cristianismo desde então estava impregnado na cultura.
À medida que presenciamos idéias pós-modernas assumirem a tomada de decisões das pessoas, estas não tem mais essa influência cristã que tinha antes. Observa-se, então um ocaso da cristandade.
É importante que se reconheça essa mudança, como os paradigmas não são mais os mesmos, pede-se uma igreja e uma fé que não assuma os pressupostos que a cristandade tinha até pouco tempo atrás. O autor então, sugere um retorno da igreja a sua vida pré-Cristandade para que ela reflita aquilo que Jesus ordenou.
Para identificar o que levava a igreja a ser o que era sem precisar do poder e da cultura a seu favor, o autor traça um paralelo biológico (essa é a fonte principal do autor para descrever as formas de ser igreja como um organismo vivo, ao invés de instituição), precisamos de algo que defina cada particularidade da vida da igreja e na fé, o autor faz um paralelo do DNA, que define o código genético e o mDNA (DNA missional) que codifica a genialidade (tradizi de Genius) Apostólica, que seria a força vital que era pulsada na igreja do Novo Testamento e outras expressões dos movimentos apostólicos de Jesus através da história. Uma outra definição de genialidade apostólica é a seguinte:

Genialidade Apostólica, a meu ver é o fenômeno total resultando de um complexo de experiências reais e multiformes de Deus, tipos de expressão, estruturas organizacionais, comportamento da liderança, poder espiritual, forma de crença etc. E é na presença ativa, ou a falta dela, que faz toda a diferença para nossa experiência da comunidade de Jesus, sua missão e poder espiritual. (p.78)

Vale a pena também colocar sua definição de uma igreja missional:
"...é uma comunidade do povo de Deus que se define por si mesmo e organiza sua vida ao redor de seu propósito de ser um agente de Deus no mundo. Em outras palavras, O princípio verdadeiro e autêntico da igreja é missão. Quando a igreja está em missão, essa é a igreja verdadeira(p.82)"

O DNA missional tem um elemento central, é a constatação de que Jesus é o Senhor, ao seu redor os elementos se traduzem da seguinte forma:
  • Formação de discípulos
  • Impulso missional encarnacional
  • Ambiente apostólico
  • Sistemas orgânicos
  • Comunidade não, communitas

  • Continuo...

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